sábado, 24 de julho de 2010

Sem graça



Estive pensando onde anda o meu humor. Às vezes acho que ele foi dar uma volta na floresta encantada de Nárnia, ou às vezes ainda acredito que ele se cansou de mim por uns tempos. Enjoou da dona chata a qual insiste em usá-lo sem remuneração. Aí eu lembro que nosso relacionamento já teve dias melhores, textos melhores, risadas melhores, e quando eu tento repetir na mesma proporção sai apenas palavras chatas de compreender. Cadê a graça e a claridade da primeira vez que formamos um belo par, Senhor Humor? Parece que não quer mais me ver, não atende mais meus telefonemas nem meus chamados, vai ser assim até quando? Eu mando flores, se quiser; apenas me diga quanto tempo essa crise entre nós vai durar. Queria muito que estivesse aqui agora, dar mais vida a essas palavras soltas e filosóficas que me dão náuseas. Senhor Humor, peço encarecidamente seu retorno o mais rápido possível, está fazendo muita falta, sabia?
Então, se algum leitor o ver por aí, me avise urgentemente, por favor.

Beijos de uma dona desesperada.

domingo, 18 de julho de 2010

Sunday, bloody sunday



É como uma rajada de vento num dia de domingo ensolarado, fora do comum, habituado a outro tipo de situação. Não dá para limitar nem descrever, é apenas curioso. Se for pelas estatísticas e possibilidades não tem sentido, é como tentar adivinhar quando será a próxima catástrofe natural. Algo relativamente difícil, muito difícil. Mas não faz disso um defeito, claro que não. A verdade é que a gente tenta compreender, tenta ser capaz a cada dia de pegar uma parte do universo e encaixar fatos como num quebra-cabeça, transmitir ideias sensatas e novas, e fica complicado explicar ao mundo o que poderia ser certo.
Imagine nesse dia de domingo ensolarado ainda, um grande temporal e depois um lindo arco-íris. Tudo modifica, o que parecia ser certo ontem está errado hoje, e você ainda tá tentando explicar a si mesmo o que aconteceu com aquele amor desperdiçado, com aquele brinquedo velho que você gostava tanto, com as meias de Natal que a sua avó lhe deu, e principalmente com todas aquelas palavras que tinha na ponta da língua e ficaram perdidas pela metade do caminho.
É apenas um domingo, sangrento domingo.


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Texto dedicado para o Gabriel Anjos, meu escritor de blogs favorito, AAAAAAAAH EU AMO SEUS TEXTOS! SHUASHAUHDU *-* Acabei de fazer esse pra você Gabriel, não ficou muito bom, mas a intenção é o que importa, haha. Sou sua fã s2

beijos!

So sentimental



Sem romance, sem ser sentimental, nada de amores. Apaixonar-se a partir de agora é proibido, tal como preencher de paixão aquele buraco no peito. Coisas desnecessárias apenas com utilidade para atrapalhar, a moda é ignorar os sinais do coração, despreocupar-se de sofrimentos amorosos, não procurar pelo par perfeito (ou o mais ideal), evitar qualquer tipo de envolvimento perigoso com riscos de se apegar à pessoa. O legal mesmo é ignorar todos os ‘eu te amo’ que você ouvir na sua vida, dar o pior pé na bunda da história e virar uma lenda como destruidor (a) de corações inocentes. Vire uma lenda indestrutível com esta nova ideologia do amor, pois, é claro que ele existe – ao contrário do que muitos tentam dizer -, mas pode exercer uma forma diferente, sem borboletas no estômago e fadas excêntricas rodando em volta da sua cabeça.
A Disney provavelmente vai me processar por apologia a causas indignas de finais felizes dos contos de fada da Branca de Neve. Que triste.


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Espero que tenham gostado, e dessa vez não demorei a atualizar. haha Ah, obrigado quem comentou no outro texto, s2 .

sábado, 3 de julho de 2010

Go out with him



Tem hora que dá uma vontade louca de sair literalmente por aí com ele. O único problema é saber quem é ele, mas isso é só um detalhe, concorda?
Então, vamos imaginar uma situação bem inconveniente . Eu encontro o amor da minha vida no supermercado em uma quinta feira à tarde, trocamos telefones, marcamos de sair para comer batata frita. A gente se apaixona, vivemos intensamente dois meses de puro romance inglês. Visitamos Londres, comemos cachorro-quente em alguma barraquinha das ruas de Nova York, tiramos fotos no Corcovado.
Depois, decidimos dar um tempo porque precisamos de espaço. Ficamos exatos 60 dias sem contato, e quando nos encontramos naquele mesmo supermercado daquele bairrozinho do subúrbio de Paris ele me conta que está noivo e vai se casar no fim da semana que vem. Desejo felicidades e pago minhas compras no caixa.
Um ano mais tarde o encontro em uma adega em Vienna e conversamos mais um pouco, ele diz que o casamento não deu certo e que precisa pensar na vida. Dou meu apoio de amiga.
Alguns meses se passam e eu finalmente percebo que é hora de mudar de supermercado, sair com outro que não ache que sou psicóloga que dá consulta de graça, e principalmente visitar lugares diferentes.


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Então, depois de anos reapareci, espero que gostem. (: